O luto são ondas
Psicóloga Beatriz Silva Psicóloga Beatriz Silva

O luto são ondas

A Carla (nome fictício) iniciou acompanhamento no início deste ano na sequência da morte do pai. O pai da Carla morreu há alguns meses de doença prolongada, tendo feito com que ela acompanhasse toda a evolução da doença e as suas sucessivas perdas, vendo a saúde deteriorar-se de dia para dia. Na sequência destes eventos, notou que foi tendo mais dificuldades em adormecer, bem como perda de apetite…

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A História da Alice: uma longa viagem pelas relações e pela ansiedade.
Psicóloga Beatriz Silva Psicóloga Beatriz Silva

A História da Alice: uma longa viagem pelas relações e pela ansiedade.

Desde cedo, Alice aprendeu que depender dos outros podia trazer-lhe dor. Cresceu aprendendo a proteger-se, confiando apenas em si. Durante anos, viveu em alerta, preparada para a qualquer momento ter que sobreviver sozinha. Hoje, começa a descobrir que é possível construir relações seguras e conscientes — onde a vulnerabilidade não é uma ameaça, mas um convite à conexão.

Neste artigo, convido-te a explorar como as tuas primeiras experiências de cuidado moldam o teu modo de amar, confiar e pedir ajuda — e como, com tempo, consciência e compaixão, podes reescrever a tua história, dando-te a opção de escolheres como te relacionares no futuro.

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Amar com medo: a ausência que reativa o abandono.
Psicóloga Beatriz Silva Psicóloga Beatriz Silva

Amar com medo: a ausência que reativa o abandono.

A Maria (nome fictício) nunca gostou de dormir sozinha, mas nos últimos anos o desconforto tornou-se quase insuportável. Sempre que o marido viaja em trabalho, a casa enche-se de silêncios que pesam no corpo. Sente sempre o estômago apertado, o peito em tensão e a cabeça cheia de imagens catastróficas: acidentes, traições, abandonos… Racionalmente, sabe que ele volta, mas isso não chega para acalmar o medo e a ansiedade. É como se a ausência dele reativasse, sem aviso, memórias antigas de quando ficar sozinha significava sentir-se desaparada e desprotegida.

E, ainda assim, poucos percebiam — nem ela própria — que aquilo que sentia tinha nome: ansiedade de separação na vida adulta.

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